Himachal Pradesh: Dharamshala, Dharamkot, Bhagsu

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Cheguei com 2 quilos de poeira no corpo em Dharamshala. Aquela velha história: não fazia ideia de para onde ir, mas tinha uma noção de que era melhor ir para McLeod, que fica um pouco antes de Dharamshala. Eu decidi ir para essa cidade na verdade por indicação de um amigo e o Dalai Lama estaria nesse mesmo período por lá. Como meus planos haviam mudado, não cheguei a tempo de me inscrever para o curso que ele estava dando naquele período.
Nos primeiros dias fiquei em McLeod, e acabei conhecendo um refugiado tibetano que virou meu amigo e me explicou um pouco mais de como as coisas funcionam para os refugiados na região. Ele havia viajando 30 dias atravessando as montanhas para chegar até lá. Atualmente Dharamshala é a região que mais recebe os refugiados do Tibete e possui diversos projetos de apoio à essas pessoas e famílias. É um bom lugar pra quem busca trabalho voluntário, principalmente voltado para a área de ensino de inglês.
Esse tibetano também me ensinou sobre o significado de diversas coisas relacionadas ao budismo, inclusive a crença de que as bandeiras rezavam com o vento.
Nos primeiros dias conheci a região e depois subi um pouco mais para Dharamkot. Dharamkot é tipo uma pequenina vila, MUITO mais barato do que ficar em McLeod. A distância entre os dois lugares é de apenas 3 km, dando pra ir a pé. Na subida, se estiver cansado, vai pagar um autorickshaw de 60 rúpias. Se achar alguém pra dividir, sai quase nada o valor. Fiquei numa guest house que custava 300 rúpias por dia, quarto duplo, muito tranquilo, limpo e com banheiro tudo certinho.
Conheci algumas pessoas que haviam terminado o curso de Vipassana naqueles dias, e também alguns couchsurfers. Subimos Bhagsu para provar o tal do “Bhagsu cake” original, que por sinal é uma delícia e vale a pena. Também em Bhagsu, que é uma vila como Dharamkot, subimos incansavelmente até o Shiva Café, um café no alto de uma montanha, com uma nascente pra matar a cede quando chegar no topo. Cansa, mas vale muito a pena, a vista é linda.
Essa região também é muito da galera do yoga, tem muito estrangeiro e uma galeeeera de Israel. Em diversos lugares os cartazes são escritos em inglês e hebraico. Foi um lugar que eu descansei, escrevi, colori mandalas e conheci gente fantástica.
No último dia visitamos uma famosa igreja católica que tem na região, e fui muito engraçado ter que tirar os sapatos para entrar: assim como manda a tradição dos templos hinduístas! E lá rezamos por alguns segundos eu, um hindu e um muçulmano.

O caminho de volta para Delhi foi muito tranquilo. Estava bem cansada e dormi bastante. O ônibus não era tão mal. Saí de Himachal Pradesh depois de 9 dias lá, com a certeza de que tinha ida ao lugar certo, na hora certa. Na minha mala levava as minhas bandeirinhas tibetanas, para rezarem por onde os ventos me levassem.


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